Família iraquiana que faz parte da multidão que procura escapar da violência em Mossul| Foto: Reuters

Perfil

O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) é conhecido por lançar mão de táticas cruéis e suicidas.

• Quem

A organização foi criada em 2013 e cresceu a partir da relação com a Al-Qaeda no Iraque. No início deste ano, os dois grupos romperam relações. O EIIL é hoje um dos principais grupos jihadistas que combatem na Síria, e analistas o consideram um dos mais perigosos do mundo.

• Onde

As atividades do EIIL se concentram no Iraque e na Síria, onde o grupo assumiu um papel dominante. O controle da cidade de Mossul, no Norte do Iraque, ajudaria a consolidar seu domínio ao longo da fronteira com a Síria, onde luta contra o regime de Bashar al-Assad.

• Líderes

Seu principal líder é Abu Bakr al-Baghdadi, apontado como um comandante de campo e tático. Aparentemente, ele se juntou à insurgência em 2003, logo após a invasão do Iraque, liderada pelos EUA.

• Combatentes

O EIIL tem entre 3 mil e 5 mil milicianos, muitos deles estrangeiros. Os governos ocidentais temem que esses insurgentes possam voltar para seus países representando uma ameaça.

• Ataques

Nos conflitos nos quais participou, o grupo foi acusado de diversas atrocidades, como sequestros, assassinato de civis e torturas. A milícia é considerada extremamente agressiva e eficiente em combate.

Fonte: Agência O Globo.

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Ataques matam 21 pessoas- Pelo menos 21 pessoas morreram ontem e outras 42 ficaram feridas em dois ataques simultâneos, um deles suicida e outro com carro-bomba, no populoso bairro xiita da Cidade de Sadr (foto), no leste de Bagdá, informou uma fonte policial à agência Efe. O atentado mais sangrento ocorreu quando um suposto suicida detonou a carga explosiva que levava encostada ao corpo em um funeral, o que deixou 18 mortos e 34 feridos. De forma simultânea, um veículo bomba que estava estacionado perto de um mercado popular explodiu, o que matou três pessoas e feriu outras oito. A explosão também causou muitos danos materiais
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A ofensiva sobre o nor­­te do Iraque dos insurgentes sunitas, liderados pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), ganhou força ontem depois da entrada do grupo em Tikrit, capital da província de Salah ad-Din, a apenas cem quilômetros de Bagdá.

O exército iraquiano, que bombardeia com caças as zonas controladas pelos rebeldes em Salah ad-Din, parece ser incapaz de frear os rebeldes.

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Após tomar o controle da segunda maior cidade do Iraque, Mossul, na terça-feira, grupos jihadistas entraram em Tikrit, berço do ditador Saddam Hussein, onde mantêm duros confrontos com as forças institucionais.

O primeiro-ministro, Nou­­ri al-Maliki, que pediu para que o Parlamento decrete estado de emergência, afirmou que poderão combater a insurgência "sem ajuda de ninguém", mas ao mesmo tempo pediu que população civil pegue em armas para recompor as maltratadas forças do governo.

A debandada de oficiais e altos cargos que aconteceu ontem em Mossul e na província de Ninawa levou Maliki a falar de uma "conspiração" contra o governo.

Enquanto isso, o EIIL, cada vez mais desafiador por suas últimas conquistas, proclamou que manterão o avanço em outras regiões do país.

"Com a permissão de Alá, não pararemos essa série de benditas conquistas até que Deus cumpra suas promessas ou nós morramos", segundo o comunicado do EIIL publicado em fóruns utilizados habitualmente pelos jihadistas.

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Apesar de o EIIL liderar a iniciativa dos insurgentes, líderes tribais sunitas explicaram à Agência Efe que a crise no Iraque não envolve somente o grupo jihadista, mas também outros movimentos sunitas contra o Executivo do xiita Maliki.

O xeque Mohammed al Biyari, um dos mais destacados na província ocidental de Al-Anbar, qualificou o ataque como uma "revolução popular dos iraquianos contra as injustiças que sofreram".

De acordo com o líder tribal sunita, junto com o EIIL lutam o Exército dos Homens da Ordem Naqshabandi – uma milícia baathista leal ao ex-vice-presidente de Saddam Hussein, Izzat al-Douri; o Exército dos Mujahedins – que lutou contra os EUA, e conselhos tribais.

Turquia ameaça retaliar se reféns forem feridos

Reuters

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A Turquia alertou ontem que vai retaliar se qualquer um dos seus 80 cidadãos, incluindo soldados das forças especiais, diplomatas e crianças, sequestrados por um grupo dissidente da Al-Qaeda durante uma operação-relâmpago no norte do Iraque, forem feridos.

Embaixadores da Orga­­nização do Tratado do Atlân­­tico Norte (Otan) fizeram uma reunião de emergência em Bruxelas a pedido da Turquia.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, conversou com o presidente Abdullah Gul, o chefe de inteligência e o chefe de gabinete e ainda com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre os desdobramentos.

Vítimas

Insurgentes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) raptaram ontem 49 pessoas do consulado turco na cidade de Mossul, incluindo o cônsul-geral, familiares e forças especiais turcas.

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Os militantes também detêm 31 caminhoneiros turcos em uma estação de energia elétrica em Mossul sequestrados na última terça-feira, quando o EIIL ocupou a segunda maior cidade iraquiana em uma demonstração de força contra o governo liderado pelos xiitas em Bagdá.