Os militantes egípcios que lançaram a revolta que provocou a queda do regime de Hosni Mubarak em 2011 convocaram grandes manifestações na terça-feira (5) para denunciar o veredicto de sábado (2) contra o ex-presidente e vários de seus colaboradores.
Mubarak e seu ex-ministro do Interior Habib el-Adli foram condenados à prisão perpétua, mas seis ex-chefes de sua polícia foram absolvidos.
Todos os réus eram processados pela sangrenta repressão da revolta contra o regime no início de 2011, que deixou oficialmente cerca de 850 mortos.
Milhares de egípcios saíram às ruas no fim de semana para protestar contra as sentenças de sábado. A promotoria anunciou que apelará das decisões.
As organizações pró-democracia Movimento de 6 de Abril, a Coalizão de Jovens da Revolução e a União de Jovens Maspero convocaram protestos na terça-feira a partir das 15h00 GMT (12h00 de Brasília).
Dois candidatos às eleições presidenciais eliminados no primeiro turno, o nacionalista de esquerda Hamden Sabahi e o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh, liderarão protestos em direção à famosa praça Tahrir no Cairo, informaram os organizadores em um comunicado.