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conflito na faixa de gaza

Militantes palestinos atacam e Israel revida. O que sabemos até agora

Militares israelenses lançam um míssil com o sistema de defesa aérea localizado na cidade de Ashkelon | MENAHEM KAHANAAFP
Militares israelenses lançam um míssil com o sistema de defesa aérea localizado na cidade de Ashkelon (Foto: MENAHEM KAHANAAFP)

O exército de Israel lançou nesta terça-feira (29) uma série de ataques aéreos em ocupações palestinas em Gaza em resposta ao lançamento de morteiros e foguetes que vieram do outro lado da fronteira e atingiram o sul do país. Os grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica assumiram a ação, de acordo com o jornal israelense “Times of Israel”.

Segundo informações da agência de notícias AFP, os ataques israelenses atingiram pelo menos uma base do Hamas e quatro do grupo Jihad Islâmica. As forças de defesa israelenses estão considerando este “o pior incidente desde a guerra entre Israel e Gaza em 2014”.

Ataque de Gaza

Os militares israelenses informaram que o sistema de defesa aérea interceptou grande parte dos foguetes e morteiros lançados em direção ao território de Israel. Três pessoas foram feridas e nenhum grupo tomou responsabilidade pelo ataque. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, culpa o grupo terrorista Hamas.

Na manhã desta terça-feira (29), Netanyahu havia publicado um tuíte afirmando que o país havia sido atacado por 57 mísseis  lançados de Gaza contra cidadãos israelenses. Mais tarde ele apagou a publicação para corrigir a informação: não foram 57 mísseis, mas 28 morteiros em um primeiro ataque e vários foguetes horas depois, segundo o jornal israelense Hareetz. Um dos projéteis caiu no pátio de um jardim de infância.

As forças de defesa de Israel (IDF) afirmam que alguns dos foguetes lançados contra seu território eram de fabricação iraniana.

“O IDF responderá com grande força a esses ataques. Israel cobrará um alto preço de qualquer um que tentar atacá-lo, e nós vemos o Hamas como responsável por tais ataques contra nós”, tuitou Netanyahu.

Resposta de Israel

Em retaliação, as forças de defesa de Israel lançaram 35 mísseis em sete alvos na Faixa de Gaza, incluindo o que é descrito como “túnel do terror” pertencente ao Hamas, que avança 900 metros em território israelense. Os ataques israelenses atingiram também “seis complexos militares, armazéns de munição, alvos navais e quartéis de terror", segundo o exército israelense.

O Ministério da Educação de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que uma escola foi atingida por estilhaços de mísseis, mas não há informações sobre feridos.

Contra-ataque

Mais ataques com morteiros foram reportados pelo exército israelense durante esta terça-feira. Sirenes são ouvidas constantemente na região de Eshkol, enquanto projéteis são lançados de Gaza em direção ao território israelense.

Um veículo de comunicação palestino informou que 114 foguetes e morteiros foram lançados contra Israel durante o dia. O Hamas vê o ataque como uma “resposta natural aos crimes de Israel”, segundo o Centro de Informação Palestino. Porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, disse que os ataques são consequência de uma escalada militar permanente contra a população e sua resistência na Faixa de Gaza.

Conflito

Os bombardeios ocorrem um dia depois que as tropas israelenses mataram um palestino que teria se aproximado da fronteira entre Gaza e Israel e dois dias depois que um ataque militar israelense matou três pessoas em uma base de observação pertencente ao movimento Jihad Islâmica.

Desde 30 de março, pelo menos 121 palestinos foram mortos em protestos ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Eles exigem o direito de retornar às suas casas e terras de onde foram expulsos após a criação de Israel.

Repercussão

O coordenador especial das Nações Unidas para o processo de Paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, condenou os ataques a Israel, afirmando que está “profundamente preocupado com os ataques disparados por militantes palestinos ao sul de Israel. “Tais ações minam os esforços para melhorar a situação em Gaza”, escreveu em sua conta no Twitter.

Em resposta ao lançamento de morteiros e foguetes em Israel, a embaixada da França em Tel-Aviv emitiu um comunicado afirmando que o país condena veementemente o ataque contra a população civil que, felizmente, não teve vítimas. “A França está incondicionalmente comprometida com a segurança de Israel. A França condena a violência, que é incompatível com uma solução pacífica para o conflito entre israelenses e palestinos. Um processo diplomático credível requer que todos os lados renunciem ao uso da violência”, diz o comunicado, segundo publicou o Hareetz.

A União Europeia também condenou o ataque. Em comunicado, a entidade destacou que o ataque com morteiros e foguetes feitos pelos palestinos precisa acabar imediatamente. “Ataques indiscriminados contra civis são inaceitáveis sob qualquer circunstância.” E, segundo ela, citada pelo “Times of Israel”, o fim desta situação perigosa é necessária para assegurar a proteção à vida da população civil. “Israelenses e palestinos tem direito a viver em paz, segurança e dignidade: o ciclo de violência e desespero precisa ser quebrado.”

Mais informações em breve.

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