Wana Militantes que seqüestraram centenas de soldados do Paquistão nas proximidades da fronteira com o Afeganistão exigiram ontem que o Exército se retire da área, enquanto continuam conversações visando a libertação dos militares, informou um porta-voz dos militantes.
Uma delegação de mais de 60 líderes tribais, clérigos e parlamentares se reuniram ontem com oficiais do governo em Wana, um dia depois de as conversações com os militantes terem sido suspensas sem avanço.
"Eles estão deliberando. Vamos ver o que decidem", disse o porta-voz do Exército paquistanês, major-general Waheed Arshad.
Há informações conflitantes sobre o número de soldados capturados pelos militantes. O Exército afirma que mais de 150 de seus homens desapareceram em meio a combates entre milicianos pró-governo e opositores, que teriam ligações com a Al-Qaeda e o Taleban, no Waziristão do Sul. Um oficial de inteligência disse ontem que os militantes capturaram 205 homens 135 soldados e 70 paramilitares e 20 veículos militares. Os militantes garantem ter feito mais de 300 soldados reféns.
Outros 10 soldados desapareceram sábado em Mohmand, outra área tribal no norte de Waziristão do Sul, segundo o major-general Arshad.
Um porta-voz militante disse que todos os soldados dos dois incidentes estão em suas prisões e acusou autoridades de violaram um acordo de paz de fevereiro de 2005.
"Detivemos 300 agentes de segurança... A menos que o governo volte a respeitar o acordo, não existe chances de a jirga (conselho tribal) produzir resultados", afirmou Zulfiqar Mehsud, porta-voz do comandante Baitullah Mehsud, que participou do acordo de 2005.
Pelo acordo, o comandante milicianos recebeu anistia em troca da promessa de não atacar forças de segurança nem abrigar combatentes estrangeiros. Por seu lado, o Exército teria se comprometido a não lançar operações na região.
"O governo deveria retirar suas tropas da área e não mais montar postos de checagem", disse o porta-voz miliciano.
Também ontem em Wana, a principal cidade do Waziristão do Sul, uma bomba explodiu num mercado, matando quatro pessoas e ferindo mais de dez.
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