O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Iraque disse neste domingo que militantes tentarão atrapalhar as eleições regionais do país no dia 31 de janeiro, mas que irão fracassar.
As eleições deverão redesenhar o mapa político do Iraque, redistribuindo poderosos postos regionais.
Staffan de Mistura disse também em coletiva de imprensa que medidas muito mais rigorosas serão colocadas em vigência para evitar uma possível fraude. "Fraudes não serão permitidas", disse.
Duras batalhas serão disputadas entres facções rivais xiitas no rico sul petroleiro e entre curdos e árabes no norte. Autoridades esperam uma onda de ataques a bomba e assassinatos enquanto as tensões aumentam e grupos diferentes disputam posições.
"Estamos esperando esforços espetaculares para atrapalhar a estabilidade do Iraque e das eleições", disse de Mistura.
"Mas a segurança melhorou. As tentativas não conseguirão desviar a direção que o Iraque está indo".
A eleição é vista como um teste importante para instável democracia do Iraque, e como um passo em direção à reconciliação das facções conflitantes, mas teme-se que os altos interesses em jogo possam gerar ondas de violência. Homens-bomba da organização islâmica sunita al Qaeda provavelmente poderão atuar durante as eleições.
"Todas as entidades e partidos políticos devem se certificar de que os próximos dias sejam os mais civilizados e os menos violentos possíveis", disse De Mistura.
Espera-se que nessas eleições aumente a participação dos árabes sunitas iraquianos, que dominavam o país durante o governo de Saddam Hussein e agora reclamam que são sub-representados.