Um dos militares na reserva acusados de participar de violações aos direitos humanos durante a ditadura uruguaia (1973-1985) suicidou-se no domingo à noite quando efetivos da polícia foram buscá-lo em sua casa.
O coronel na reserva Juan Antonio Rodríguez Buratti, acusado, entre outros delitos, de estar envolvido no seqüestro e assassinato em 1976 de María Claudia García, nora do poeta argentino Juan Gelman, deu um tiro contra si mesmo e morreu horas depois.
Rodrígues Buratti era o único que permanecia em liberdade entre um grupo de nove militares e policiais na reserva que foram levados ontem ao juiz Luiz Charles, que deverá julgar o seqüestro e desaparecimento de dois opositores políticos na década de 70.
Quando uma patrulha policial compareceu à porta da casa do coronel na reserva, em Montevidéu, para pedir-lhe que se dirigisse ao comando do Exército, onde deveria passar a noite antes de ser levado hoje ao tribunal, Rodríguez Buratti se dirigiu a sua garagem, pegou uma arma e atirou contra ele mesmo, morrendo horas depois no Hospital Militar.
As informações são da Ansa.