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| Foto: Mauro Campos

Teer㠖 O embaixador iraniano em Moscou, Gholam-Reza Ansari, disse ontem que os 15 militares britânicos detidos por Teerã no último dia 23 podem ser julgados por violar as leis internacionais por terem, supostamente, entrado em águas territoriais iranianas, informou a agência oficial Irna.

"Foram postos em andamento movimentos legais para determinar a culpabilidade dos militares britânicos. E serão julgados se houver evidências suficientes de sua culpabilidade", afirmou o diplomata ao canal de televisão russo Vesti-24. O embaixador , no entanto, na via diplomática, e disse que "se o governo britânico admitir seu erro e pedir desculpas ao Irã pelo fato de seu pessoal ter entrado em águas iranianas, a questão pode ser facilmente resolvida".

Ansari lamentou que Londres tenha transformado o assunto em uma crise em vez de tentar resolvê-lo por meios diplomáticos e provocado uma declaração do Conselho de Segurança da ONU, que classificou como "descafeinada", uma vez que a Rússia se opôs à intervenção do órgão em um assunto bilateral.

Paciência

Enquanto aumenta a pressão internacional sobre o Irã, o governo britânico parece decidido a se armar de paciência para recuperar sãos e salvos seus 15 militares detidos. Esses membros da Marinha tornaram-se os protagonistas de uma crise diplomática que não se limita à questão técnica de se estavam em águas territoriais iraquianas ou iranianas no momento de sua detenção pelas forças da República Islâmica. Os presos são submetidos ao que a mídia britânica classifica como a contínua humilhação de serem exibidos perante as câmaras de televisão para pedir desculpas, supostamente forçadas por seus seqüestradores, por ter entrado em águas iranianas.

Em meio à crise, Londres recebeu na sexta-feira o forte apoio dos ministros de Assuntos Exteriores da União Européia (UE), que exigiram, em sua reunião na cidade alemã de Bremen, a libertação imediata dos detidos, e classificaram o ocorrido como uma "clara violação do direito internacional".

O chefe da diplomacia da UE, o espanhol Javier Solana, disse que a detenção dos britânicos é um problema bilateral do Irã com o bloco, pois envolve seus cidadãos, e que o episódio "complica" as conversas sobre o programa nuclear de Teerã. O Irã reagiu com irritação às declarações dos europeus. O Ministério de Exteriores do país as classificou como "irresponsáveis, irracionais e indocumentadas".

O porta-voz do Ministério, Mohammed Ali Hosseini, citado pela rede de televisão iraniana em língua árabe Alalam, destacou que "todos os documentos disponíveis e as leituras dos instrumentos de navegação indicam a entrada ilegal" de duas embarcações britânicas em águas iranianas. Portanto, expressou sua surpresa com a exigência de que os militares sejam libertados imediatamente.

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