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Guerra na África

Militares da França controlam acessos a cidade histórica no Mali

As Forças Armadas da França anunciaram nesta segunda-feira (28) que controlam os acessos à cidade histórica de Timbuktu, no norte do Mali, que é dominada desde junho por grupos radicais islâmicos. A ação é mais um avanço na intervenção no país, que começou no dia 11.

Segundo o porta-voz do Estado-Maior do Exército, Thierry Burkhard, as tropas francesas e malinesas deverão entrar na cidade nas próximas horas. Ele informou também que participarão da missão forças terrestres e paraquedistas que serão lançados para controlar as principais vias de acesso à cidade.

Burkhard disse que não houve resistência dos grupos fundamentalistas que ocupam a cidade, fazendo com que não houvesse confrontos significativos. Além das entradas, o aeroporto de Timbuktu também foi ocupado pelas forças francesas.O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, sem entrar na situação das forças no terreno, afirmou que os franceses iam "libertar Timbuktu com os malineses muito em breve". "As coisas acontecem como estava previsto".A operação em Timbuktu acontece dois dias depois de a França ter anunciado que controlou os acessos a Gao, também no norte, uma das cidades mais importantes sob controle dos radicais islâmicos, também com pouca resistência dos extremistas.

O controle das duas cidades é fundamental para que o governo do Mali retome o controle do norte do país, dominado por grupos radicais ligados à rede terrorista Al Qaeda desde junho. A administração local pediu ajuda à França no dia 10, após seu Exército ser expulso da região.

Cidade histórica

Além de estratégica do ponto de vista militar, a cidade de Timbuktu conta com uma série de prédios históricos do islamismo, como a universidade corânica de Sankore. A instituição foi uma das principais escolas islâmicas durante a Idade Média.

As instalações da universidade, as mesquitas e os mausoléus de alguns dos mestres são patrimônio tombado pela Unesco. Parte desses prédios foi destruída durante a ocupação dos radicais islâmicos e há risco de que alguns dos 20 mil manuscritos das escolas tenham sido roubados.

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