Dezenas de policiais e militares hondurenhos desocuparam ontem um prédio público ocupado por militantes que defendem a volta ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya. Na operação, 55 pessoas foram presas. O país está sob restrição dos direitos civis desde domingo, por determinação do regime de Roberto Micheletti.
A operação ocorreu na sede do Instituto Nacional Agrário, tomado desde a deposição de Zelaya, em 28 de junho. Os militantes foram indiciados por infringir o estado de sítio, segundo a Polícia Nacional.
Também ontem, seguidores de Zelaya fizeram uma manifestação diante da rádio Globo, fechada e ocupada militarmente na madrugada de segunda sob a acusação de incitar a violência. A emissora era o principal meio de comunicação em favor do líder deposto no dia em que tentava promover consulta popular sobre uma Assembleia Constituinte considerada ilegal pelo Congresso e pela Justiça hondurenhos.
A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar as dezenas de militantes, mas ninguém ficou ferido nem foi preso.
O presidente deposto, na embaixada brasileira há 11 dias, passou o dia de ontem em reuniões, sem falar com a imprensa. No final do dia, recebeu o chileno John Biehl, assessor do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
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