A junta militar que governa o Mianmar estendeu o estado de emergência no país asiático por mais seis meses e, por consequência, adiou novamente as eleições, previstas para agosto. É a quarta prorrogação desde que os militares derrubaram a então líder do Mianmar, Aung San Suu Kyi (Nobel da Paz em 1991), em um golpe de Estado em fevereiro de 2021.
Segundo informações da televisão estatal, o Conselho Nacional de Defesa e Segurança se reuniu nesta segunda-feira (31) na capital, Naipidau, e deliberou pela prorrogação do estado de emergência a partir desta terça-feira (1º).
“Para a realização de uma eleição, para que haja uma eleição livre e justa e também para que a população possa votar sem medo, continuam a ser necessárias maiores medidas de segurança e por isso é exigido que se estenda o período do estado de emergência”, apontou um comunicado.
A alegação à época do golpe era de que teria ocorrido fraude nas eleições gerais de 2020 no Mianmar, embora observadores eleitorais não tenham detectado irregularidades significativas.
Desde o golpe, Aung San Suu Kyi respondeu a diversos processos e suas condenações somam 33 anos. Os Estados Unidos e a ONU apontaram que os julgamentos tiveram motivação política. Na semana passada, a junta militar que governa o Mianmar transferiu Suu Kyi da prisão para um edifício governamental.
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