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Os protestos contra racismo e violência policial continuam nesta segunda-feira (1) nas proximidades da Casa Branca, em Washington, que decretou um toque de recolher a partir das 19 horas de hoje e de amanhã.
Um batalhão de policiais militares, com 200 a 250 membros, está sendo mobilizado para a capital americana, segundo noticiou a CNN, que ouviu autoridades de defesa que disseram que a missão é de segurança, e não de ações de policiamento, como detenção de manifestantes. As tropas estão vindo de Fort Bragg, no estado da Carolina do Norte.
O estopim dos protestos foi a morte do cidadão americano George Floyd, um homem negro de 46 anos que foi morto em abordagem policial em Minneapolis no dia 25 de maio.
Trump recomenda ações mais duras de governadores
O presidente dos EUA, Donald Trump, encorajou os governadores americanos a tomarem atitudes mais agressivas contra manifestações violentas. "Vocês precisam dominar, ou estarão perdendo tempo. Eles vão passar por cima e vocês ficarão parecendo um bando de idiotas, vocês têm que prender as pessoas", disse Trump, segundo uma gravação da ligação que fez nesta segunda-feira da Casa Branca aos governadores, que foi obtida por jornais americanos.
Dezenas de cidades dos EUA decretaram toques de recolher para conter as manifestações, que alcançaram uma dimensão que não era registrada no país desde 1968, quando o ativista de direitos civis Martin Luther King Jr, foi assassinado.
Também na tarde desta segunda-feira, a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany afirmou que os protestos pacíficos pela morte de George Floyd precisam ser separados dos "distúrbios" que têm sido vistos no país nos últimos dias. Durante entrevista coletiva na Casa Branca, ela disse que os governadores precisam agir, lançar mão da Guarda Nacional e proteger suas comunidades, e condenando episódios de saques e quebra-quebra.
"Ontem à noite não vimos protestos pacíficos", lamentou a porta-voz, pedindo medidas para a proteção das pessoas e das empresas do país. "Anarquistas violentos estão tirando vantagem da dor das pessoas", afirmou ela.