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Guerra no Oriente Médio

Quatro militares israelenses morrem em combates na Cidade de Gaza

Tanques de Israel em local não informado perto da fronteira com Gaza: com as quatro mortes no bairro de Zeitun, FDI já somam 271 baixas no conflito mais letal para as forças israelenses desde a guerra do Líbano em 2006 (Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN)

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Quatro militares de Israel foram mortos nesta sexta-feira (10) em confrontos em Zeitun, bairro no sul da Cidade de Gaza, onde as Forças de Defesa de Israel (FDI) retomaram uma ofensiva diante do retorno de combatentes do grupo terrorista Hamas.

Além disso, o gabinete de segurança decidiu manter, por enquanto, uma ofensiva limitada na cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza.

Os militares mortos foram identificados como Itay Livny, Yosef Dassa, Ermiyas Mekuriyaw e Daniel Levy, todos com 19 anos de idade e sargentos da Brigada Nahal. Outros dois homens ficaram feridos nos confrontos em Zeitun, aparentemente atingidos por explosivos.

As tropas estavam em uma escola que o Hamas supostamente usava para atividades militares nesse bairro da Cidade de Gaza, para onde as FDI já tiveram que retornar duas vezes por causa do reagrupamento dos combatentes terroristas.

Com isso, subiu para 271 o número de baixas nas tropas israelenses desde o início da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, o conflito mais letal para as FDI desde a guerra do Líbano em 2006.

As Brigadas Al Qassam, braço armado do Hamas, e a Al Quds, ala militar da Jihad Islâmica, relataram confrontos, ataques e emboscadas contra as tropas israelenses tanto em Zeitun quanto em Rafah, onde dois militares israelenses foram feridos quando o tanque em que estavam foi atingido, como confirmaram as FDI.

Foguetes também foram disparados contra a cidade israelense de Beersheva, pela primeira vez desde dezembro do ano passado, e uma mulher ficou levemente ferida.

Em Rafah, as FDI relataram “ataques direcionados” para capturar combatentes no leste da cidade. Seus tanques parecem ter conseguido avançar ao longo da estrada Salah al-Din, que separa a cidade entre o leste e o oeste, desde a passagem com o Egito.

Vazamentos para a imprensa israelense revelam que o gabinete de segurança - que reúne o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, vários ministros e o establishment de Defesa - decidiu ontem à noite aprovar a expansão da ofensiva militar em Rafah, mas de forma “controlada” para não cruzar as linhas vermelhas estabelecidas pelos Estados Unidos, que se opõem a uma invasão em grande escala.

O presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçou há dois dias interromper o envio de armas ofensivas para Israel se suas tropas entrassem nos centros populacionais de Rafah, devido à preocupação com os mais de 1 milhão de civis que lá estão.

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