Um porta-voz das Forças Armadas do Paquistão rejeitou nesta segunda-feira as desculpas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo ataque de sábado cometido pelas forças da aliança ocidental, que resultou na morte de 26 soldados paquistaneses perto da fronteira com o Afeganistão.

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Em declarações ao canal local "Geo TV", o general Attar Abbas expressou seu repúdio total ao ataque, recusou as desculpas da Otan e advertiu que o incidente pode provocar sérias consequências derivadas do incidente.

Abbas lembrou que já houve fatos semelhantes nos últimos três anos e que, segundo ele, já custaram a vida de 72 militares paquistaneses e deixou outros 250 feridos.

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Aviões e helicópteros da Otan atacaram no sábado de madrugada dois postos fronteiriços paquistaneses na região tribal de Mohmand, em um dos locais mais conflituosos da zona limítrofe com o Afeganistão.

O Paquistão anunciou quase imediatamente o fechamento de suas fronteiras às provisões para as forças da Otan e deu 15 dias de prazo aos EUA para retirar seus soldados da base de Shamsi, no sudoeste paquistanês, de onde os americanos supostamente operam aviões não tripulados (drones).

Neste domingo, Islamabad pediu explicações também ao Afeganistão mediante um comunicado de sua Chancelaria e exigiu ao país vizinho que garanta que "atos assim não sejam realizados de seu território contra o Paquistão".

A nota ressalta que "o uso do território afegão contra o Paquistão por parte da Otan é uma violação" do mandato da missão da aliança militar.

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