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O governo argentino manifestou sua satisfação nesta terça-feira (1º) com a prisão no Uruguai de cinco militares da reserva condenados pelo assassinato de María Claudia García de Gelman, nora do poeta argentino Juan Gelman, durante a ditadura uruguaia (1973/85).

"É um grande passo para o processo de Memória, Verdade e Justiça que recebeu no Uruguai um novo impulso, após a aprovação da lei que declarou imprescritíveis os crimes da ditadura", ressaltou o secretário argentino de Direitos Humanos, Eduardo Luis Duhalde.

Em um comunicado, a Secretaria expressou "sua satisfação com as prisões ordenadas pelo juiz uruguaio Pedro Salazar de José Nino Gavazzo, Ricardo Arab, Valentín Vázquez, Jorge Silveira e Ricardo Medina".

O magistrado considerou os cinco militares da reserva "coautores penalmente responsáveis pelo crime de homicídio particularmente agravado, contra María Claudia García Irureta Goyena, nora do poeta argentino Juan Gelman".

Assassinato

A jovem foi sequestrada grávida na Argentina em 1976 junto com seu marido Marcelo Gelman e transferida para Montevidéu em meio à Operação Condor, nome dado à repressão coordenada das ditaduras sul-americanas nos anos 70.

María Claudia García deu à luz no Hospital Militar de Montevidéu e sua filha, Macarena, ficou com um policial uruguaio. Macarena recuperou sua identidade há 11 anos.

Marcelo Gelman foi assassinado e seu corpo identificado em 1989, enquanto María Claudia García permanece desaparecida.

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