Brasília O ministro da Mineração do Chile, Laurence Golborne, afirmou hoje (8) que os 33 mineiros soterrados há dois meses na Mina de San José, no Deserto de Atacama serão resgatados em, no máximo, oito dias. Golborne disse que ainda hoje uma das máquinas perfuradoras deve atingir o local onde estão abrigados os trabalhadores, a 700 metros de profundidade. As informações são da TVN, a rede estatal de televisão do Chile.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou hoje em entrevista coletiva que o presidente da Bolívia, Evo Morales, deve estar presente no momento do resgate. É que entre os mineiros soterrados há um trabalhador boliviano. A expectativa é que as equipes de resgate levem, em média, uma hora para içar cada mineiro. Para transportar os homens do interior da mina até a superfície será usada uma cápsula, parecida com uma gaiola, com capacidade para levar apenas uma pessoa.
Paralelamente, os trabalhadores reivindicam o direito de preparar a lista dos primeiros a deixar o abrigo onde estão. A ideia é que a prioridade seja dada a Edson Peña, de 34 anos, que é diabético e sofreu uma queda da taxa de glicose nos últimos dias. Mas as autoridades chilenas ainda não confirmaram se atenderão ao pedido.
O apelo dos mineiros será reforçado hoje pelas famílias durante o encontro com a primeira-dama do Chile, Cecilia Morel. As autoridades resistem em autorizar a elaboração de uma lista com nomes porque alguns médicos afirmam que o ideal é que os primeiros a deixar o abrigo não apresentem problemas de saúde.
Os médicos alegam que é necessário que um homem saudável esteja entre os primeiros a deixar o local para que os especialistas possam examinar se o plano de resgaste funciona. Assim que forem resgatados, os trabalhadores vão receber os primeiros cuidados em um hospital montado próximo à mina, no Acampamento Esperança área que passou a ser ocupada pelos parentes das vítimas. Em seguida, os mineiros serão transportados de helicóptero para a cidade de Copiapó, a maior da região.
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