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O Ministério da Defesa de Israel ordenou nesta quarta-feira (15) que o Exército impeça a transmissão da Al Jazeera na Cisjordânia, depois que o governo liderado por Benjamin Netayahu decidiu, no início de maio, banir o canal catariano na televisão israelense.
"É a implementação da decisão do governo", afirmou à Agência EFE a porta-voz do ministério, Betty Ilovici, confirmando que sua execução na Cisjordânia exigia uma ordem militar, já que é o Exército israelense que administra a segurança nos territórios.
Em 5 de maio, a emissora catari deixou de ser transmitida em Israel depois que o governo aprovou o fechamento nacional do canal. Na ocasião, Netanyahu afirmou que a rede de notícias "prejudicou a segurança de Israel, participou ativamente no massacre de 7 de outubro e criou um discurso de ódio contra os soldados das Forças Armadas de Israel". Portanto, era "hora de retirar o porta-voz do Hamas do país".
A chamada "Lei Al Jazeera" dá ao ministro das Comunicações de Israel o poder de ordenar que os provedores de conteúdo, por um período renovável de 45 dias, parem de transmitir a partir do país, além de fechar seus escritórios, confiscar seus equipamentos e bloquear o servidor de seus sites.
Conforme detalhado no projeto de lei, a ordem de fechamento de um canal de notícias estrangeiro deve ser submetida à revisão judicial em um tribunal distrital, que deve decidir em 72 horas se modifica ou reduz o período da ordem. (Com Agência EFE)