O ministro da Economia da Itália, Domenico Siniscalco, renunciou ao cargo, segundo confirmaram nesta quinta-feira fontes do ministério.
As fontes informaram que Siniscalco não irá à reunião do FMI e do G-7, que começarão nesta sexta-feira em Washington, e que será substituído pelo diretor-geral do ministério, Vittorio Grilli.
Fontes da coalizão de centro-direita informaram nas últimas horas que Siniscalco anunciou pessoalmente ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, sua decisão de deixar o Executivo e que apresentará hoje sua renúncia ao chefe de Estado, Carlo Azeglio Ciampi.
Siniscalco sai devido aos ataques que está recebendo na preparação dos orçamentos do próximo ano e ao escândalo do governador do Banco da Itália, Antonio Fazio.
Segundo o jornal "La Repubblica", Siniscalco abandona o cargo devido à imobilidade do governo.
- Saio pelo absoluta imobilidade do Executivo. O problema não é Fazio, mas a incapacidade de resolver o problema, não estou amargurado, estou escandalizado - garantiu o ministro, segundo o jornal romano.
No último dia 14, Siniscalco ressaltou perante o Senado a necessidade de implantar mudanças no Banco Central da Itália, após a polêmica que nos últimos meses envolveu seu presidente, Antonio Fazio, acusado de ter atuado com favoritismo nos casos dos bancos BNL e Antonveneta e de arranhar a imagem da Itália.
Domenico Siniscalco foi nomeado ministro em 16 de julho de 2004, sucedendo a Giulio Tremonti após um breve período de tempo no qual o Ministério da Economia foi dirigido pessoalmente por Berlusconi.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”