Caso envolve a regional do Ministério da Habitação e Urbanismo na região de Antofagasta, que direcionou R$ 2,5 milhões para fundação de marido de deputada que ocupou cargos no governo Boric| Foto: EFE/Rafael Arancibia
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O Ministério Público do Chile abriu uma investigação sobre uma denúncia relativa ao Ministério da Habitação e Urbanismo do governo do presidente Gabriel Boric.

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Segundo informações do jornal El País, a regional da pasta na região de Antofagasta, no norte do Chile, direcionou 426 milhões de pesos (cerca de R$ 2,5 milhões) para uma fundação chamada Democracia Viva, supostamente para ajuda a assentamentos precários.

A regional do Ministério da Habitação e Urbanismo em Antofagasta era comandada por Carlos Contreras, do partido Revolução Democrática (RD), integrante da coalizão de esquerda de Boric.

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Contreras já foi assessor da deputada Catalina Pérez, também do RD. A questão é que a Fundação Democracia Viva é presidida por Daniel Andrade, marido da deputada e que exerceu cargos no governo Boric nos ministérios de Obras Públicas e Defesa.

A oposição chilena pede que sejam investigados eventuais fraudes fiscais e tráfico de influência. Contreras renunciou ao seu cargo na regional do Ministério da Habitação e Urbanismo em Antofagasta na semana retrasada. Já Catalina Pérez deixou a vice-presidência da Câmara do Chile em razão do escândalo, enquanto seu marido saiu do governo.

No fim de semana, Boric disse, a respeito do caso, que não põe “a mão no fogo por ninguém” e que seu governo está colaborando com as investigações.

“Quero dar o sinal de que aqui não vai haver nenhum tipo de defesa corporativa para ninguém e que os padrões que no passado tínhamos, para julgar e criticar nossos adversários em casos que estavam em desacordo com a fé pública, temos de aplicar a nós mesmos”, afirmou o presidente.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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