A ministra da Defesa do Equador, Guadalupe Larriva, que morreu, nessa quarta-feira, num acidente aéreo perto do aeroporto de Manta, foi uma socialista durante toda a sua vida e não ocultava a sua admiração pela revolução bolivariana do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Segundo os primeiros relatórios apresentados à agência de notícias EFE por Juan Carlos Toledo, um porta-voz do Governo, o helicóptero que transportava Larriva bateu em outro por volta das 21h (0h de Brasília).
Uma filha da ministra, Claudia Ávila, que estava ao seu lado, também morreu, assim como os dois pilotos do helicóptero, disse Toledo, sem dar mais detalhes.
Larriva, de 53 anos, nascida na cidade de Cuenca, chegou ao Ministério da Defesa na semana passada. Ela havia sido escolhida para o cargo há um mês pelo presidente do país, o esquerdista Rafael Correa, que tomou posse dia 15 de janeiro. A ministra presidia o Partido Socialista Equatoriano-Frente Ampla, e também foi deputada.
Antes de ser nomeada ministra, foi professora de Geografia na Universidade de Cuenca. Sua atividade sindical também foi intensa, como presidente da União Nacional de Educadores (UNE) na província do Azuai.
Na política, foi candidata a prefeita de Cuenca, deputada, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Congresso, membro da Comissão de Direitos Humanos, Justiça e Políticas Carcerárias do Parlamento Latino-americano e presidente do Fórum de Parlamentares.
Ela mesma se definia como uma pessoa nascida das bases das organizações sociais e, portanto, que sabia a importância das bases na organização institucional.
Ao tomar posse na semana passada, ela havia anunciado que sua administração fortaleceria um projeto de fronteiras vivas, com a adoção de programas de desenvolvimento das comunidades nas divisas com Colômbia e Peru.
Filha de Deifilio Larriva e Teresa González, foi casada com Rodrigo Ávila, que morreu há oito anos. O casal teve apenas uma filha, Claudia, que também morreu no acidente dessa quarta-feira.
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