Annette Schavan, ao lado da líder alemã Angela Merkel: oposição quer renúncia da ministra da Educação| Foto: Thomas Peter/Reuters

Para lembrar

Dilma e Serra publicaram dados errados divulgados em seus currículos

Da redação

Políticos brasileiros também já tiveram seus momentos de constrangimento no mundo acadêmico. Em 2009, reportagem da revista Piauí mostrou que o site da Casa Civil trazia dados errados sobre a formação acadêmica da presidente Dilma Rousseff (PT). Lá dizia que Dilma era mestre na área econômica. Dilma, entretanto, não havia completado o mestrado. No mesmo ano, a imprensa mostrou que o então governador de São Paulo, José Serra também tinha erro em currículos publicados em livros das legislaturas de 1995 e 1999, no Senado. Embora informassem que Serra havia se formado em Engenharia Civil, o tucano não concluiu a faculdade porque foi exilado durante o regime militar.

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A ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, disse que não vai renunciar, mesmo depois de uma universidade ter cassado seu título de doutorado por causa de plágio. Ela prometeu também recorrer da decisão.

A Universidade Heinrich Heine, de Duesseldorf, decidiu por voto, na terça-feira, dia 6, retirar o título de doutora de Schavan após uma revisão completa de sua tese, que fora apresentada em 1980. As acusações de plágio partiram de uma denúncia feita por um blogueiro anônimo.

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Em declarações feitas durante uma viajem à África do Sul, na quarta-feira, Schavan disse que "não vai aceitar" a decisão da escola e vai abrir uma ação legal contra a instituição.

Contradição

Políticos de oposição à chanceler Angela Merkel, entretanto, dizem que Schavan está numa situação insustentável em razão do cargo que ocupa – uma ministra da pasta Educação que teve o título de doutorado cassado por plágio é algo no mínimo contraditório. Por essa razão, o oposicionistas defendem a renúncia de Annette Schavan.

Schavan é a segunda integrante do gabinete da chanceler Angela Merkel a perder um doutorado por causa de plágio. O ex-ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, renunciou em março de 2011 após o anúncio de que ele copiou grande parte de sua tese.

Em fevereiro daquele ano, a imprensa alemã acusou Guttenberg de perder o título de doutor em Direito pela Universidade de Bayereuth. Ele era acusado de transcrever trechos de outras teses sem fazer referência aos autores copiados. Por causa do episódio, Guttenberg ganhou na imprensa os apelidos de "Barão copia-cola" e de, "Barão von Googleberg".

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