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A ministra do Interior do Equador, Mónica Palencia, responsabilizou o governo do o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) pela atual crise de segurança pública que o país enfrenta.
Segundo ela, todo o problema teve inicio quando o ex-presidente esquerdista “entregou o país” para as facções criminosas por meio de “acordos de paz”.
O governo do Equador, liderado pelo atual presidente Daniel Noboa, declarou um “conflito armado interno” após o país se encontrar em meio ao caos causado pelas facções criminosas. A série de ataques violentos realizados desde segunda-feira (8) deixaram pelo menos uma dezena de mortos em diversas cidades.
Foi durante entrevistas concedidas nesta quarta-feira (10) a diversos veículos de comunicação da Argentina que Palencia afirmou que o problema da violência em seu país teve início na gestão de Correa e continuou nos governos posteriores, que, segundo ela, “conviveram com os acordos feitos” pelo esquerdista.
A ministra disse que os acordos feitos por Correa com gangues significaram uma “entrega do país” e que os grupos armados equatorianos são “terroristas” que estão envolvidos em outras atividades ilícitas, como a mineração ilegal.
“Há alguns ataques de pessoas que deixaram o governo, como o ex-presidente Rafael Correa, que saiu dizendo que eu não sei onde estou. Claro que sei onde estou. Estou em uma história que cresceu em seu governo, no qual começaram a ser feitos acordos com pessoas com quem nunca deveriam ter sido feitos. Esses acordos de paz foram uma entrega do país”, disse a ministra.
Palencia defendeu a atuação de Noboa, que assumiu o cargo em novembro de 2023, e disse que ele está “disposto a lutar” contra os criminosos neste momento.
A ministra destacou que o governo está implementando estratégias integrais para abordar a situação nas prisões do Equador, que são o foco específico de atenção, e para combater a corrupção e a criminalidade em geral.
‘Neste momento, as prisões são o foco específico de atenção do governo do Equador, com a participação conjunta das Forças Armadas, da Polícia Nacional e do Serviço Nacional de Atenção Integral a Pessoas Adultas Privadas de Liberdade e a Adolescentes Infratores”, disse ela.