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Imprensa argentina

Ministra vai ser investigada por bloqueio de jornal

Ministra da Segurança, Nilda Garré, caminha ao lado do secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, em encontro realizado em 2009 | R.D. Ward/Released
Ministra da Segurança, Nilda Garré, caminha ao lado do secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, em encontro realizado em 2009 (Foto: R.D. Ward/Released)

Buenos Aires - A ministra de Segurança da Ar­­gentina, Nilda Garré, foi denunciada pela Justiça por possível desobediência a uma ordem judicial que garante a livre circulação do jornal Clarín, o maior do país. O juiz Gastón Polo Oliveira solicitou à Justiça Federal Penal uma investigação para apurar as responsabilidades da ministra por não ter impedido o piquete que bloqueou a distribuição da edição dominical dos jornais Clarín e Olé, no dia 27 de março.

O juiz disse que Garré "deveria ter adotado as medidas necessárias para a intervenção direta, imediata e acelerada da Polícia Federal ou de outra força de segurança" para dispersar o bloqueio. O piquete na porta da principal gráfica do Grupo Clarín começou na noite do dia 26 e só terminou por volta das 13 horas do dia 27, impedindo a saída de cerca de 600 mil exemplares do jornal. O bloqueio também atrasou a distribuição do jornal La Nación.

Omissão

Para o juiz, a ministra "não tomou medidas eficazes nem deu instruções à delegacia da região" para evitar o protesto, o qual "violou a liberdade de expressão, que é essencial para o governo democrático". Oliveira também recusou as alegações de Garré, enviadas por escrito, de que a polícia não interveio porque o promotor de plantão não respondeu à ligação telefônica da delegacia para autorizar a operação.

O juiz argumentou que a medida cautelar obtida pelo Grupo Clarín, em janeiro, dispensa qualquer outra formalidade para impedir o bloqueio contra a distribuição do jornal.

Segundo ele, a liminar obriga o Ministério de Segurança a to­­mar todas as providências necessárias para impedir piquetes que comprometam a circulação do Clarín.

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