Tel Aviv O ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, culpou o grupo fundamentalista Hamas pelo atentado que matou a brasileira Helena Levy. Ele disse que o Hamas, que agora lidera a Autoridade Palestina, é responsável por tudo o que acontece na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Em reação, o porta-voz e recém empossado deputado do Hamas Mushir Al-Masri disse que o ataque é uma reação natural à ocupação de terras palestinas.
O objetivo do terrorista seria atingir um dos 120 assentamentos israelenses da região. A brasileira e o marido teriam atuado de forma heróica diante da situação.
Horas depois do atentado, o Exército israelense cercou a casa da família do suicida, em Hebron, e prendeu um de seus irmãos. Soldados também improvisaram postos de controle perto de Nablus, impedindo palestinos de 19 a 35 anos de se movimentarem entre as grandes cidades da Cisjordânia. A brasileira ajudou a fundar o assentamento de Kedumim, com incentivo do governo israelense. Kedumim, hoje com 3 mil habitantes, acabou se tornando uma das colônias mais radicais na luta contra a devolução da Cisjordânia aos palestinos.
O governo brasileiro manifestou consternação com o incidente. A Embaixada do Brasil em Tel-Aviv enviou uma carta oficial para a chancelaria israelense pedindo esclarecimentos sobre o incidente.
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