O ministro do Interior da Alemanha, Hans Peter Friedrich, anunciou a criação em nível nacional de um registro central de neonazistas e ultradireitistas perigosos similar ao banco de dados já existente sobre extremistas islâmicos.
"Os dados sobre extremistas de direitas violentos e crimes de motivação política ultradireitista serão unificados", afirmou Friedrich ao jornal "Süddeutsche Zeitung".
Dessa forma, o governo pretende evitar a descoordenação existente entre os diferentes serviços secretos dos 16 estados federados e o Escritório Federal de Investigação Criminal.
Após a descoberta de uma célula terrorista neonazista depois do suicídio de dois de seus membros e a prisão da terceira integrante, culpados de dez assassinatos e numerosos atentados, Friedrich declarou que seu Ministério estudará também a possibilidade de proibir o ultradireitista Partido Nacional Democrata Alemão.
A expectativa é que a suposta extremista detida e única sobrevivente da célula terrorista neonazista inicie hoje um depoimento detalhado, segundo informações do jornal "Stuttgarter Nachrichten".
Beate Zschäpe, de 36 anos, se entregou à polícia depois da explosão da casa que dividia com os outros dois membros do comando terrorista: Uwe Mundlos, de 38 anos, e Uwe Böhnardt, de 34.
Os dois, apontados como autores materiais dos assassinatos de nove estrangeiros, haviam sido encontrado mortos previamente na cidade de Eisenach, após um suposto suicídio.
Para os investigadores, a mulher é uma peça-chave para esclarecer esta série de assassinatos, cometidos entre 2000 e 2007, revelados agora por causa da aparição dos corpos dos outros dois membros do trio terrorista.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink