Damasco O ministro libanês das Indústrias e líder cristão, Pierre Gemayel, foi assassinado a tiros ontem após um ataque contra seu comboio na periferia de Beirute. Um grupo de homens armados abriu fogo contra o comboio que levava o ministro no momento em que circulava pelo bairro cristão de Sin el Fil. Gemayel foi levado às pressas para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Gemayel era um dos principais aliados do primeiro-ministro Fouad Siniora, e o atentado se soma a outros realizados nos últimos meses contra diferentes personalidades políticas e jornalistas no país (veja ao lado).
O ministro, que era filho do ex-presidente libanês Amin Gemayel, era membro do Partido Phalange, que apóia a maioria parlamentar anti-Síria.
O assassinato deve intensificar ainda mais a tensão política no país, que vive uma crise política devido ao embate entre maioria anti-Síria e a oposição que apóia Damasco.
A milícia xiita Hezbollah que apóia Damasco e seus aliados se preparam para ir às ruas e tentar derrubar o governo de Siniora, a quem acusam de ser aliado dos Estados Unidos e de não ser um governo legítimo, no qual os xiitas não são representados.
O governo libanês aprovou, na semana passada, uma resolução da ONU que prevê a instituição de um tribunal para julgar os assassinos do ex-premiê libanês, Rafik Al Hariri, apesar da renúncia de seis ministros pró-sírios.
Muitos libaneses culpam a Síria pela morte de Al Hariri, ocorrida em um ataque com caminhão-bomba em 14 de fevereiro de 2005. Damasco nega envolvimento. Uma comissão da ONU que investiga o crime concluiu que há ligação de autoridades sírias e libanesas no caso.
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