O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, embarcou para os EUA nesta segunda-feira (9) para ouvir explicações do governo americano sobre a espionagem no Brasil.

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Ele se reunirá na quarta-feira com Susan Rice, assessora-chefe de segurança nacional do presidente Barack Obama.

O encontro foi acertado entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama durante a reunião do G20 em São Petersburgo, na semana passada.

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A reunião com Rice levou o chanceler a abandonar mais cedo a primeira reunião do Conselho Geral da OMC (Organização Mundial do Comércio) sob a direção do brasileiro Roberto Azevêdo.

Figueiredo deixou Genebra rumo a Nova York, onde resolverá problemas particulares, e estará em Washington na quarta-feira.

De acordo com dados divulgados pela TV Globo, com base em informações vazadas por Edward Snowden, os EUA monitoraram comunicações de Dilma, de ministros e de empresas brasileiras.

O escândalo levou a presidente a ameaçar o cancelamento de sua viagem oficial aos EUA, em outubro. Na semana passada, ela disse que a visita dependerá das explicações do governo norte-americano.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já ouviu justificativas do vice-presidente americano, Joe Biden. Segundo Dilma, as explicações não foram satisfatórias para o governo brasileiro.

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Senado pedirá aos russos para visitar Snowden

Agência Estado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem, instalada na semana passada no Senado, deve pedir autorização ao governo russo para visitar o ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden. O jornalista inglês Glenn Greenwald, que mantém contato com Snowden e tem divulgado informações sobre as ações de espionagem do governo norte-americano, também deve prestar informações à comissão nos próximos dias.

"Vamos pedir documentos a Glenn, mas temos que tomar cuidado com a segurança jurídica dele", afirmou a presidente da CPI, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). As informações reveladas no último domingo, 8, pelo programa Fantástico, da Rede Globo, de que os Estados Unidos têm monitorado informações da Petrobras já eram esperadas pela senadora. "A novidade é que o fato veio à tona com documentos. Não é novidade que as empresas sejam alvos prioritários", disse.

Além de Glenn, empresas de segurança da informação também devem ser chamadas à CPI para explicar como são realizados os processos de espionagem pela internet.

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Edward Snowden deixou os Estados Unidos após ter vazado informações sobre o programa de espionagem da NSA. Inicialmente, a agência justificou a coleta de telefonemas americanos como parte de esforços de espionagem contra o terrorismo. Nesta segunda-feira, 9, admitiu angariar informações para prevenir que crimes financeiros possam afetar os mercados internacionais.

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