O ministro chavista Diosdado Cabello acusou Luis Somaza, ativista do partido de oposição Vontade Popular (VP), de participar de um esquema criminoso de desvio de dinheiro envolvendo ONGs| Foto: EFE/Ministério do Interior, Justiça e Paz da Venezuela
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O ministro do Interior, Justiça e Paz da ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela, Diosdado Cabello, confirmou nesta sexta-feira (14) a prisão de Luis Somaza, ativista do partido de oposição Vontade Popular (VP).

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Segundo informações da agência EFE, na quinta-feira (13), a irmã de Somaza, Valeria Somaza, havia denunciado ao Ministério Público de Caracas que o dirigente partidário havia sido sequestrado no dia anterior por “cinco homens, vestidos completamente de preto”, sem “qualquer tipo de identificação de segurança dos órgãos do Estado”.

Nesta sexta-feira, Cabello, número 2 da ditadura de Maduro, chamou Somaza de “delinquente”.

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“Um personagem muito perverso foi preso anteontem, seu nome é Luis Somaza, muito, muito perverso, um criminoso, que era quem controlava as ONGs, o dinheiro das ONGs [dos líderes opositores] Juan Guaidó e Leopoldo López, em primeira instância”, disse Cabello em seu programa de TV.

Nesta semana, o ministro já havia informado que uma pessoa (cujo nome não foi divulgado) foi presa por participar de um suposto esquema de recebimento de dinheiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês).

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que Guaidó e López estão sendo investigados por receber recursos da Usaid; os dirigentes oposicionistas negam.

Cabello também falou do desmantelamento de uma “rede de coiotes” que teria retirado pessoas da Venezuela, entre elas, Leopoldo López, asilado na Espanha desde 2020, e estaria planejando libertar dois presos, entre eles, a ativista Rocío San Miguel, detida pela ditadura de Maduro desde fevereiro de 2024.

O ministro chavista afirmou que San Miguel seria resgatada numa clínica onde passou por cirurgia após fraturar o ombro há seis meses. Cabello afirmou que três pessoas dessa rede foram presas.

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O regime de Maduro é conhecido por prender opositores políticos e depois divulgar sem provas supostos planos de corrupção ou para derrubar o ditador, relatos que a comunidade internacional não leva a sério, principalmente desde a fraude eleitoral de julho de 2024, que manteve o sucessor de Hugo Chávez no poder.