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Ministro cubano chama pessoas que protestaram contra apagão na ilha de “covardes”
O ministro de Energia e Minas do regime comunista de Cuba, Vicente de la O Levy, durante entrevista coletiva neste domingo (20)| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa

O ministro de Energia e Minas do regime comunista de Cuba, Vicente de la O Levy, atacou verbalmente os manifestantes que participaram de protestos contra o apagão generalizado no país, chamando-os de “indecentes” e “covardes que não raciocinam e se vendem”.

Segundo informações do site Cubanet, as declarações foram feitas neste domingo (20), durante uma coletiva de imprensa, na qual o ministro classificou os protestos como "incidentes mínimos". As manifestações ocorreram após a interrupção de energia que começou na última sexta-feira (18) e segue afetando grande parte da ilha comunista.

Os protestos, que incluíram os cacerolazos (protestos em que as pessoas batem em panelas), se concentraram principalmente nas províncias de Havana e Santiago de Cuba, segundo vídeos compartilhados nas redes sociais. De acordo com o Cubanet, o ativista Juan Moreno, diretor do jornal comunitário independente Amanecer Habanero, registrou um dos protestos na vila de San Francisco de Paula, em Havana, onde dezenas de cubanos bloquearam o trânsito e bateram em panelas. Em Lawton e Santos Suárez, também na capital, outros moradores protestaram de maneira semelhante, como mostrado em vídeos compartilhados por jornalistas e plataformas independentes.

Segundo informações, o regime ampliou a presença de suas forças nesses locais, onde já é possível notar a intensa presença de policiais patrulhando avenidas e ruas.

A crise energética que assola Cuba há anos se agravou nas últimas semanas devido à escassez de combustível, causada pela falta de recursos para importação e pela deterioração das antigas centrais termoelétricas de origem soviética. Segundo o regime cubano, antes do apagão total, a capacidade de fornecimento já havia sido reduzida a menos de 50% da demanda.

O ministro Vicente de la O Levy mencionou neste domingo que a situação energética deveria melhorar até esta segunda ou terça-feira (22), mas, segundo informações, as aulas e atividades não essenciais continuarão suspensas até pelo menos quinta-feira (24).

Enquanto isso, a população tenta lidar com a situação crítica. Muitos moradores da capital, sem energia por dias, recorreram a improvisar fogões a lenha nas ruas para cozinhar antes que seus alimentos estragassem. Ylenis de la Caridad Nápoles, mãe de uma menina de sete anos, desabafou, segundo informações do site argentino Infobae, sobre o estado de desesperança crescente, dizendo que as pessoas já estão ficando “desesperadas” com a situação.

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