O ministro da Defesa da China, Li Shangfu, disse nesta terça-feira (15) para que se evite “brincar com fogo” a respeito de Taiwan, numa referência clara aos Estados Unidos, que apoiam o governo da ilha.
Li fez as declarações na Rússia, durante a 11ª Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional. Segundo informações da agência estatal Xinhua, o ministro comentou que a questão de Taiwan é “um assunto interno da China, que proíbe interferência externa”, e alegou que a “reunificação” chinesa é “inevitável” – ou seja, a incorporação de Taiwan.
A China considera a ilha, administrada separadamente desde o final da Guerra Civil Chinesa, em 1949, como parte do seu território e planeja incorporá-la. Por isso, tem aumentado as incursões nas águas territoriais e no espaço aéreo taiwaneses.
Em Moscou, Li acrescentou que “brincar com fogo na questão de Taiwan” e as tentativas de "conter a China com [o tema] Taiwan” estão fadadas ao fracasso, numa possível referência a sanções que seriam aplicadas a Pequim caso invada a ilha.
No início de agosto, o governo da China expressou “insatisfação” com os Estados Unidos devido a um pacote de ajuda militar a Taiwan de até US$ 345 milhões anunciado pelos americanos no final de julho e classificou esse auxílio como um caminho “errado e perigoso”.
A agência estatal informou ainda que Li conversou com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, sobre “relações militares bilaterais e cooperação” e também com representantes da área de segurança do Irã, Arábia Saudita, Cazaquistão, Vietnã e outros países.
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