O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, propõe evacuar assentamentos judaicos na Cisjordânia de forma unilateral, se os esforços por um acordo de paz com os palestinos fracassarem.

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Em entrevista ao jornal Israel Hayom, publicada nesta segunda-feira (24), Barak defende o desmantelamento de dezenas de colônias isoladas na Cisjordânia e diz que seria ideal manter tropas israelenses em zonas da fronteira com a Jordânia.

Barak considera que "abrir mão de 80 a 90% dos assentamentos, permite que moradores de grandes blocos se tornem parte de Israel".

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Com relação à proposta, o ministro afirma que "os cidadãos que não aceitarem ser evacuados, ficarão sob controle palestino".

"É preferível alcançar um acordo com os palestinos, mas se não for possível, devemos começar a nos separar", disse o ministro, que é partidário de "soluções realistas" e acredita que é necessário "deixar para trás os ideais" para solucionar o conflito do Oriente Médio.

Os palestinos rejeitam a alternativa e insistem que Israel deve se retirar de todo o território da Cisjordânia, ocupado em 1967.

Barak usou o termo "desligamento" para fazer referência à evacuação de colônias na Cisjordânia, a mesma terminologia empregada para a evacuação unilateral de todos os assentamentos judaicos de Gaza, efetuado pelo então primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, em 2005.

A proposta que Barak expôs nesta segunda-feira deve enfrentar duras críticas de setores mais conservadores do Executivo israelense.

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