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Dois sindicatos chegaram a um acordo com o governo Boric, mas outros dois decidiram manter paralisação iniciada há uma semana
Dois sindicatos chegaram a um acordo com o governo Boric, mas outros dois decidiram manter paralisação iniciada há uma semana| Foto: EFE/Mario Guzmán

O ministro da Agricultura do Chile, Esteban Valenzuela, intensificou nesta segunda-feira (28) as críticas contra os caminhoneiros do país, que iniciaram há uma semana uma greve para reivindicar redução nos preços dos combustíveis e maior segurança para a categoria.

“Que se livrem dessa imbecilidade que está afetando o país”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa.

No domingo (27), dois dos sindicatos dos caminhoneiros, a Confederação Nacional do Transporte de Cargas (CNTC) e a Fedequinta, haviam decidido encerrar a paralisação após chegarem a um acordo com o governo do esquerdista Gabriel Boric. Entretanto, a Força do Norte e a Federação de Caminhoneiros Centro-Sul decidiram continuar com a greve.

Nos últimos dias, surgiram vários relatos de desabastecimento nos centros urbanos chilenos. “Isto não pode continuar impunemente e não pode haver chacota [nas negociações]. Têm de ser com objetividade, que os maiores esforços têm sido feitos em tempos muito difíceis para estabilizar os preços dos combustíveis”, afirmou Valenzuela.

O vice-presidente da Fedequinta, Iván Mateluna, disse no domingo que seu sindicato e a CNTC chegaram a um acordo com o Executivo, já que “dois dos três pontos” reivindicados pelos caminhoneiros foram atendidos: a designação de um promotor exclusivo para investigar roubos e sequestros sofridos por caminhoneiros e a “estabilização dos preços dos combustíveis”, ainda que a redução de pelo menos 30% exigida pela categoria não tenha sido alcançada.

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