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Oriente Médio

Ministro de Netanyahu afirma que Israel deveria anexar a Cisjordânia

Vista aérea do campo de refugiados palestinos em Jenin, a terceira maior cidade da Cisjordânia, durante a operação militar de Israel realizada em julho (Foto: EFE/Yemeli Ortega)

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O ministro do Patrimônio de Israel, Amichai Eliyahu, causou um grande debate nesta quarta-feira (2) ao defender a anexação do território palestino ocupado da Cisjordânia. O argumento de Eliyahu para a defesa da anexação é que a chamada "Linha Verde", que delimita o Estado de Israel, é questionável em sua validade.

Em entrevista à Rádio do Exército, Eliyahu, que é membro do partido de direita Poder Judaico e conhecido por suas posições fortes, declarou que não “acredita na existência da Linha Verde”, considerando-a "fictícia". Ele enfatizou a importância de impor a soberania israelense sobre a região conhecida historicamente como Judeia e Samaria.

O ministro propôs que Israel abandone a ideia de um acordo de dois Estados em favor de uma anexação mais ágil e estratégica.

"Devemos começar a afirmar de maneira clara e inequívoca que este lugar nos pertence", afirmou Eliyahu.

A declaração de Eliyahu gerou debates acalorados, com críticos argumentando que uma anexação unilateral poderia prejudicar ainda mais as perspectivas de paz na região e aprofundar as divisões.

O governo liderado pelo atual primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conta com o apoio de partidos considerados ultraortodoxos que compartilham a visão de anexação da Cisjordânia, embora essa posição não seja vinculativa, segundo os acordos de coalizão.

A Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, tem sido um ponto de tensão constante no conflito entre israelenses e palestinos.

A comunidade internacional considera os assentamentos israelenses na Cisjordânia como “ilegais”, uma visão que é rejeitada pelo governo israelense e por parte da população do país.

Em 2019, Netanyahu propôs um plano de expansão da soberania israelense sobre os assentamentos na Cisjordânia e no Vale do Jordão, mas ele voltou atrás após alcançar acordos de normalização das relações entre Israel e os Emirados Árabes em 2020. (Com Agência EFE)

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