O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse num discurso nesta terça-feira (30) que o ditador Nicolás Maduro foi reeleito “legitimamente” na eleição presidencial de domingo (28) e que as manifestações contra o resultado, marcado por graves indícios de fraude, são uma tentativa de “golpe de Estado”.
“Vamos derrotar mais uma vez esse golpe de Estado, não há ninguém que possa com a consciência de todo um povo, não há ninguém que possa com a força moral de uma instituição como as Forças Armadas”, afirmou o ministro, segundo informações do site Efecto Cocuyo.
“É hora de agir, é hora de lealdade ao país e às suas instituições”, disse Padrino López, que, a exemplo da Procuradoria-Geral da Venezuela, fez um balanço apenas citando policiais e militares feridos nas manifestações e a morte de um primeiro-sargento no estado de Aragua, sem mencionar os ferimentos de manifestantes e a morte de seis pessoas que participavam dos protestos.
O ministro chamou a oposição venezuelana de “extrema direita fascista”, a instou a “adotar o caminho democrático e constitucional” e alegou que Maduro “foi legitimamente eleito pelo poder popular”.
A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal bloco de oposição ao chavismo, informou na segunda-feira (29) que teve acesso a 73% das atas de votação da eleição de domingo, que comprovariam que seu candidato, Edmundo González, venceu Maduro, contrariando a posição do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelo chavismo.
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