O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta quarta-feira (9) que a resposta de seu país ao ataque com mísseis perpetrado pelo Irã no último dia 1º será "letal" e "surpreendente", sugerindo uma ação de precisão cirúrgica e impacto devastador no regime iraniano.
Segundo Gallant, o ataque do Irã, realizado com o lançamento de cerca de 200 mísseis contra Israel, falhou devido à sua “imprecisão”.
"O ataque iraniano foi agressivo, mas impreciso. Em contraste, nosso ataque será letal, preciso e, o mais importante, surpreendente – eles não saberão o que aconteceu ou como aconteceu. Apenas verão o resultado", disse o ministro da Defesa em discurso à Unidade de Inteligência 9900 das Forças de Defesa de Israel (FDI), onde destacou também a superioridade aérea de Israel no Oriente Médio.
No local, Gallant ressaltou a importância do trabalho de inteligência realizado pela Unidade 9900, que fornece informações detalhadas para a Força Aérea Israelense, permitindo que os militares do país ajam com extrema precisão em locais estratégicos.
A unidade, que opera em diversas frentes, como Irã, Líbano, Síria, Iêmen e Iraque, é responsável por coletar e analisar dados cruciais para garantir o sucesso das operações militares israelenses.
"Graças ao trabalho dessa unidade, podemos ver com clareza e precisão o que queremos em qualquer lugar", disse o ministro.
O ataque iraniano, considerado por Israel como uma tentativa frustrada do regime islâmico de causar danos ao país, recebeu uma resposta firme de autoridades israelenses, que garantiram estar prontas para uma retaliação eficiente. Gallant afirmou que toda a cadeia de comando de Israel, desde as tropas no campo até o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, está alinhada com a estratégia de retaliação, o que, segundo ele, aumentará as chances de sucesso.
"Toda a cadeia de comando está alinhada e concentrada neste assunto", afirmou, demonstrando confiança no êxito da possível resposta israelense.
Nesta quarta, Netanyahu reiterou o compromisso de Israel em sua luta contra o terrorismo, algo que o país enfrenta intensamente desde os ataques do Hamas, ocorridos em 7 de outubro de 2023. Para o premiê, Israel está na linha de frente de uma “batalha global” contra o Irã, o que coloca o país como uma barreira entre o regime persa e o Ocidente.
"Apenas há uma força no mundo que está lutando contra o Irã", afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que Israel lidera "a guerra do mundo livre" contra as tentativas iranianas de expandir sua influência no Oriente Médio. Ele também destacou que, sem a resistência de Israel, o Irã estaria muito mais próximo de concretizar seu objetivo de controlar a região.
"Graças a nós, impedimos a conquista do Oriente Médio pelo regime iraniano", enfatizou Netanyahu, ao apontar que Teerã busca "escravizar o mundo e nos levar de volta à Idade Média".