O chefe de gabinete do governo da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, Aníbal Fernández, levantou ontem suspeitas sobre a mãe do promotor Alberto Nisman, encontrado morto há quase três meses.
Sara Garfunkel depôs na terça-feira e revelou ter descoberto, em meio a pertences de Nisman, uma arma calibre 22, do mesmo tipo usada na morte do promotor. Ela afirmou que achou o revólver há cerca de dez dias no depósito de seu apartamento, que fica na garagem do edifício onde mora.
A arma estava dentro de um envelope. O promotor, encontrado morto poucos dias depois de apresentar uma denúncia contra Cristina Kirchner, teria o porte do revólver há 15 anos.
“Chama a atenção que, com o corpo de Nisman ainda no necrotério, sua mãe tenha ido a duas agências bancárias para retirar tudo o que havia nas caixas de segurança”, disse Fernández. “Se eu fosse promotor, não tenho dúvidas, eu a teria detido e teria feito uma busca [em sua casa] há 88 dias, pelo menos”, disse o ministro.