O ministro do Petróleo da Venezuela, Tareck El Aissami, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (20), devido a recentes investigações sobre suposta corrupção na petroleira estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).
"Em virtude das investigações que foram iniciadas sobre atos graves de corrupção na PDVSA, tomei a decisão de apresentar a minha renúncia como ministro do Petróleo, com o objetivo de apoiar, acompanhar e apoiar plenamente este processo", disse El Aissami no Twitter.
"Do mesmo modo, na minha condição de militante revolucionário, coloco-me à disposição da liderança do PSUV (partido governista) para apoiar esta cruzada que o presidente Nicolás Maduro empreendeu contra os antivalores que somos obrigados a combater, até mesmo com as nossas vidas", acrescentou.
A renúncia de El Aissami ocorre dias após a Procuradoria-Geral da República e o governo terem anunciado que haveria processos judiciais para prender e investigar um número não especificado de funcionários supostamente envolvidos em atos de corrupção.
O até então chefe da pasta está incluído, juntamente com Maduro, em uma lista de "procurados" pelo governo dos Estados Unidos, que há três anos ofereceu uma recompensa de US$ 10 milhões pela sua captura, por supostamente estar ligado ao tráfico de drogas e outros crimes.
Nesta segunda-feira, a Polícia Nacional Anticorrupção prendeu o agora ex-chefe da Superintendência Nacional de Criptoativos (Sunacrip) Joselit Ramírez, assim como dois juízes e um prefeito chavista, por estarem implicados em supostos atos de corrupção administrativa, confirmou a emissora estatal "Venezolana de Televisión" (VTV).
Os detidos, além de Ramírez, foram identificados como Cristóbal Cornieles, presidente do Circuito Judicial Criminal de Caracas; José Mascimino Márquez, juiz de controle de crimes associados ao terrorismo, e Pedro Hernández, prefeito de Santos Michelena, no estado de Aragua.