Ataques
Otan procura manter zona de exclusão
A Otan realiza operações sob um mandado do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para manter uma zona de exclusão aérea e tomar outras ações para proteger civis de ataques das forças de Kadafi. Nos últimos dias, os ataques da Otan se concentraram em eixos militares e logísticos em Trípoli.
Na noite de segunda-feira, aviões britânicos bombardearam um prédio da agência de inteligência na capital e também uma base de treinamento para guarda-costas que protegem os membros do regime de Kadafi, informou o Ministério da Defesa britânico. O major-general John Lorimer disse que os alvos estavam "no coração do aparato usado pelo regime para brutalizar a população civil".
Um dos prédios atingidos era usado pelo Ministério do Interior, que é responsável pela segurança interna. Outro prédio pertencente a uma comissão anticorrupção, também foi atingido. O porta-voz do governo, Moussa Ibrahim disse que o Ministério foi atacado porque continha arquivos de casos de corrupção contra altos integrantes da liderança rebelde, sediada em Benghazi.
O Comitê Central da Cruz Vermelha afirmou ontem que os combates em Misurata e em outras cidades impedem a chegada de ajuda médica a civis e está fazendo vítimas entre os profissionais de saúde. A organização citou relatórios do Crescente Vermelho líbio que mostram que três ambulâncias foram atingidas nos últimos quatro dias. Uma enfermeira foi morta e um paciente e três voluntários ficaram feridos.
Os confrontos entre as forças de Kadafi e rebeldes ultrapassaram a fronteira da Tunísia nesta terça-feira, quando vários morteiros caíram na passagem Wazen, informou a agência de notícias tunisiana TAP.
Também nesta terça-feira, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiado, disse que autoridades líbias parecem estar encorajando imigrantes africanos a embarcar em barcos inseguros com destino à Europa.
Trípoli- O ministro do Petróleo e presidente da National Oil Co., Shukri Ghanem, deixou o governo líbio e fugiu do país em meio à campanha de ataques da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ghanem cruzou a fronteira com a vizinha Tunísia por terra na segunda-feira, segundo informações divulgadas por um oficial de segurança tunisiano e por Abdel Moneim al-Houni, ex-representante líbio na Liga Árabe que faz parte do primeiro grupo de diplomatas líbios a desertar.
As deserções sugerem que a estrutura política de Muamar Kadafi está se esfacelando, mas não está claro se há conflitos internos em escala suficiente para prejudicar sua capacidade de combater as forças rebeldes e da Otan. Kadafi parece manter o apoio do núcleo de seu comando militar.
Ainda assim, o apoio a Kadafi parece estar diminuindo na capital, Trípoli. Manifestações de suporte ao regime atraem poucas pessoas, embora sejam amplamente anunciadas com antecedência.
Funcionários do governo não puderam ser contatados para comentar a deserção do ministro do Petróleo. Ghanem é um dos mais importantes membros do governo de Kadafi a abandonar o regime.
A lista de outros políticos que deserdaram inclui o ministro de Relações Exteriores Moussa Koussa; o ministro do Interior Abdel-Fatah Younes; o ministro da Justiça Mustafa Abdul-Jalil, e Ali Abdessalam Treki, ex-presidente da Assembleia Geral da ONU. Vários embaixadores e outros diplomatas também deixaram o governo.
Forças rebeldes informaram alguns ganhos nos últimos dias. Em Misurata, o principal campo de batalha no oeste da Líbia, combatentes opositores afirmam que expulsaram tropas do governo de importantes pontos de acesso e tentaram empurrar a artilharia de Kadafi para longe.
Psicologia
A Otan disse ontem que vai ampliar as operações de guerra psicológica para tentar persuadir as tropas leais a Kadafi a abandonar os combates.
O comandante Mike Bracken disse em Nápoles que "aviões da Otan estão jogando panfletos e transmitindo mensagens para as forças líbias pedindo que elas retornem para os quartéis e para suas casas". Segundo Bracken, as mensagens também aconselham as tropas pró-regime a "se afastarem de qualquer equipamento militar" que podem ser alvo de ataques aéreos da Otan.
Ele não forneceu mais detalhes sobre as operações psicológicas, mas os Estados Unidos têm usado aviões C-130 especialmente modificados para transmitir mensagens para as forças líbias em AM, FM, rádio de alta frequência, tevê e frequências de comunicação militar.
Perda de contato com a classe trabalhadora arruína democratas e acende alerta para petistas
Bolsonaro testa Moraes e cobra passaporte para posse de Trump; acompanhe o Sem Rodeios
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
Comparada ao grande porrete americano, caneta de Moraes é um graveto seco
Deixe sua opinião