O ministro iraquiano do Exterior, Hoshiyar Zebari, disse na quinta-feira que o Irã ainda não decidiu se vai comparecer a uma reunião no Egito na próxima semana para discutir como acabar com a violência sectária do Iraque.
Zebari, recém-chegado de Teerã, disse em Ancara que um dos principais pontos para o Irã era a possibilidade de diálogo com os Estados Unidos.
"Seria o primeiro encontro entre os Estados Unidos da América e a República Islâmica do Irã", disse Zebari em uma conferência. "Primeiros encontros são difíceis, as interações, a linguagem corporal, os assentos, etc."
O Departamento de Estado dos EUA disse que a secretária de Estado, Condoleezza Rice, vai comparecer à reunião internacional de alto nível em Sharm El Sheikh em 3 e 4 de maio, onde os EUA estão abertos a conversas diretas com o Irã sobre o Iraque.
Washington não tem relações diplomáticas formais com a República Islâmica desde 1980, quando cortou laços com o país depois da Revolução Islâmica e da retenção de reféns dos EUA.
Os Estados Unidos acusam o Irã de desestabilizar o Iraque, acusação que o Irã nega.
Zebari disse que ele implorou que o governo do Irã compareça e some seu peso às discussões de segurança.
"Sua ausência ou sub-representação não é útil para vocês ou para nós. Então nós pedimos a eles muito fortemente para participar construtivamente nesta reunião", disse ele.
Questionado se o Irã estava retendo sua participação até a libertação de cinco iranianos capturados por forças dos EUA, Zebari disse: "Eu discuti isso de uma forma bastante franca e detalhada, por favor não tentem fazer uma ligação entre sua participação e a libertação imediata dessa gente."
Em janeiro, forças dos EUA detiveram cinco iranianos na cidade curda de Arbil. Teerã diz que os cinco são diplomatas.
Washington diz que os cinco são ligados a redes da Guarda Revolucionária que fornecem explosivos e armas a forças sectárias dentro do Iraque para atacar tropas dos EUA. O The Washington Post reportou em 13 de abril que a administração Bush havia decidido manter os iranianos em custódia e fazê-los passar por um processo periódico de revisão a cada seis meses.
Zebari disse que ele espera que o Irã vá comparecer.
"Eu estou muito otimista pelo que ouvimos do presidente e ministro de Exterior de que em breve eles iriam tornar sua posição clara, e que seria na direção esperançosamente de apoiar a reunião, mas não quero saltar a qualquer conclusão", disse ele.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião