O ministro de Relações Exteriores libanês, Adnan Mansur, pediu nesta segunda-feira (9) aos árabes que adotem uma posição de união para evitar uma possível intervenção militar no Síria, já que, na sua opinião, poderia afetar a região.

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"Os estados árabes devem adotar uma posição comum para impedir uma agressão contra a Síria, já que as consequências abrangerão toda a região", declarou Mansur a meios de comunicação locais.

O ministro ressaltou que "alguns países querem ajustar as contas com o regime sírio atribuindo a responsabilidade do uso de armas químicas", e assinalou que a Síria não está só, porque tem amigos no mundo.

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"Não podemos imaginar que um país árabe apoie uma agressão contra outro. Devemos esperar a investigação dos analistas da ONU sobre as armas químicas antes de lançar acusações sem fundamento", acrescentou.

Quanto à situação interna, o ministro considerou que o Líbano atravessa "um dos períodos mais perigosos de sua história moderna", por isso que necessita da formação, o mais rápido possível, de um Governo.

O Executivo do primeiro-ministro Najib Mikati renunciou em março e, apesar de Tamam Salam ter sido designado em abril para sucedê-lo após obter o apoio de 124 dos 128 deputados do Parlamento, não pôde formar um Gabinete pelas divergências entre os grupos políticos.

As declarações do ministro ocorrem em um momento no que os EUA tratam de obter o maior apoio possível para uma operação militar contra a Síria pelo suposto uso por parte do regime de Damasco de armas químicas contra a população civil.

Na reunião de seus ministros das Relações Exteriores no último dia 1, a Liga Árabe emitiu uma resolução na qual pediu à ONU e à comunidade internacional que assumissem sua responsabilidade e que adotassem "medidas dissuasórias e necessárias" contra Damasco pelo ataque com armas químicas do passado 21 de agosto.

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No entanto, dita resolução, que foi rejeitada pelo Líbano, não apoiou de forma direta os planos dos EUA e França de atacar Síria.

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