O ministro paquistanês encarregado das minorias, Shahbaz Bhatti, foi assassinado a tiros nesta quarta-feira em plena luz do dia em Islamabad, disseram autoridades.
Bhatti, um cristão, vinha defendendo mudanças na controversa legislação sobre blasfêmia no país, cuja grande maioria da população é muçulmana. Bhatti era o único cristão no gabinete de governo.
Segundo a polícia, ele foi alvejado perto do mercado de Islamabad, quando estava em seu carro.
Membros do Taleban paquistanês assumiram a responsabilidade pelo atentado, alegando que o ministro era um blasfemo.
"Os relatos iniciais são de que ele foi morto por três homens, provavelmente com um fuzil Kalashnikov, mas ainda estamos tentando estabelecer o que aconteceu exatamente", disse o chefe de polícia da cidade, Wajid Durrani.
A lei antiblasfêmia determina que qualquer pessoa que fale mal do Islã e do profeta Maomé comete um crime e pode ser condenada à morte, mas ativistas dizem que sua vaga terminologia tem resultado em muitos erros.
A lei está causando polêmica no país desde que em novembro um tribunal condenou à morte uma mulher cristã, que tem quatro filhos.
Os cristãos perfazem cerca de 2% da população do Paquistão.
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