Varsóvia O ministro da Educação da Polônia, Roman Giertych, se disse a favor da proibição, em toda a Europa, do aborto e da propaganda homossexual. No entanto, suas idéias já foram rejeitadas pelo porta-voz do governo, Andrzej Sados, segundo quem a posição do alto funcionário não corresponde à do Executivo.
Giertych, que também é vice-presidente do governo, declarou na cidade alemã de Heidelberg, durante um encontro informal de ministros europeus, que a Europa deveria proibir o aborto e a propaganda homossexual, opinião que reiterou ontem em entrevista coletiva em Varsóvia. "A Europa precisa de um grande debate sobre os valores e a aprovação da Carta dos Povos Europeus, na qual deveriam ser traçadas as proibições do aborto e da propaganda homossexual", repetiu Giertych em Varsóvia. O vice-presidente do governo polonês, chefe da ultraconservadora Liga das Famílias Católicas, acrescentou que só será possível debater a Constituição Européia se, antes, a aceitação dos valores cristãos como fundamento da civilização européia for aprovada. Giertych é atualmente um dos líderes da campanha desenvolvida na Polônia pelos círculos ultraconservadores e ultracatólicos a favor da introdução na Constituição polonesa de uma emenda que proíba totalmente o aborto.
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