Tel Aviv - O premier israelense, Ehud Olmert, enfrenta forte pressão para deixar o cargo após a publicação de um relatório a respeito da Guerra do Líbano que aponta que o líder israelense cometeu "graves erros" na condução do conflito e que tece duras críticas ao seu governo.
A campanha para que Olmert deixe o governo acirrou-se ontem depois da renúncia do ministro sem pasta Eitan Cabel, no primeiro impacto na formação governista após a divulgação do documento.
Após anunciar que deixará o cargo, o ministro aconselhou o premier a seguir seu exemplo. "Olmert deve renunciar. Ele tem que assumir a responsabilidade. Eu não posso mais fazer parte deste governo", afirmou Cabel.
A ministra de Relações Exteriores e vice-premier de Israel, Tzipi Livni, também disse a assessores ontem que Olmert deveria deixar o governo, segundo tevês israelenses.
"Olmert deve sair", disse Livni, de acordo com o Channel 10. Outra emissora de tevê, o Channel 2, afirmou que a ministra forte candidata a suceder Olmert está fazendo pressão para substituí-lo na chefia de governo.
Se Olmert perder o apoio interno de seu partido, o Kadima, Livni deve sucedê-lo como premier. Caso sua administração caia e novas eleições sejam convocadas, o ex-premier Binyamin Netanyahu, do Partido Likud, seria o eleito, de acordo com pesquisas. Em declarações após reunião ontem, assessores de Olmert afirmaram que o premier sabe que poderá ser forçado a deixar o cargo devido à rejeição popular a seu governo após a publicação do documento, elaborado pelo Comitê Winograd.