O ministro de Relações Exteriores do Sudão, Ali Karti, afirmou nesta segunda-feira em Moscou que o conflito com o Sudão do Sul não conduzirá à explosão de uma guerra entre ambos países.

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"Estes problemas não podem levar a uma guerra entre ambos países; podem levar a tensões, mas não a uma guerra", assegurou o chefe da diplomacia de Cartum em entrevista coletiva conjunta com seu colega russo, Sergei Lavrov.

Por sua parte, Lavrov expressou o convencimento da Rússia que se criaram todas as condições para "frear a escalada de tensão entre Cartum e Juba" e levar a situação ao campo das negociações.

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O titular de Exteriores russo indicou que o projeto de resolução preparado pelo Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito entre Sudão e Sudão do Sul "não contém sanções nem ameaças de sanções".

Insistiu que dito documento deve ser "justo e equilibrado" e reiterou a postura da Rússia quanto a que "os problemas da região africana devem ser resolvidos com base nas posições, visões e ideias dos próprios países africanos".

As consultas russo-sudanesas ocorreram no dia seguinte que o presidente do Sudão, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, declarou estado de emergência em várias áreas fronteiriças com o Sudão do Sul para garantir a segurança nacional.

A medida de exceção se aplica em uma dúzia de localidades situadas nas conflituosas províncias de Cordofão do Sul, Nilo Azul e Senar.

Nas últimas semanas, Sudão e Sudão do Sul protagonizaram frequentes choques depois que as forças do sul ocuparam no último dia 10 de abril a área petrolífera de Heglig, cujo controle foi recuperado por Cartum dez dias depois.

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Por sua parte, o regime do Sudão do Sul denunciou que as tropas de seu vizinho do norte invadiram seu território para atacar zonas próximas à fronteira.

Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, nasceu no dia 9 de julho do ano passado após um plebiscito sob os auspícios da comunidade internacional e um conflito bélico com o norte, que se prolongou durante mais de dois decênios.