O ministro do Meio Ambiente do Uruguai, Adrián Peña, irá renunciar ao cargo após a descoberta que o político mentiu ter se graduado, quando na verdade não finalizou o curso.
Peña fez o anúncio público após se reunir com lideranças do Ciudadanos, partido do presidente Luis Lacalle Pou. "Há dias que tenho esta decisão e já conversei com o presidente, que não me pediu que me demitisse. Mas há dias eu lhe disse: 'Quero que fique sem mim porque é assim que me sinto confortável".
Peña apontou que o erro individual não mancha a gestão à frente do Ministério do Meio Ambiente, criado em 2020 dentro da Lei de Urgente Consideração (LUC), redigida por Lacalle Pou.
"A grande questão aqui tem a ver com o grande erro que cometi, que reconheci e que tem a ver com ter mentido sobre esse título durante algum tempo. Quando se está em um cargo público, é preciso estar à altura da tarefa e, no meu caso, é verdade, eu tenho de ser exemplo", acrescentou o ex-ministro.
Peña alegava ter concluído a graduação em Administração de Empresas no currículo. Com a renúncia, Lacalle Pou registra seis ministros retirados do Gabinete de Governo, sendo o quarto do partido político do presidente.
O primeiro ocorreu com a renúncia do ex-ministro das Relações Exteriores e candidato mais votado pelo Ciudadanos em 2019, Ernesto Talvi. Depois, em maio de 2021, veio a renúncia do ministro do Desenvolvimento Social, Pablo Bartol, do Partido Nacional (PN), que foi substituído por Martín Lema.
Vinte e um dias depois, Luis Alberto Heber (PN), que até então liderava a pasta de Transportes e Obras Públicas, foi nomeado ministro do Interior após a morte súbita de Jorge Larrañaga (PN) em 22 de maio. José Luis Falero, até então vice-diretor do Gabinete de Planejamento e Orçamento (OPP), assumiu o cargo de Heber.
Em 27 de junho do mesmo ano, Lacalle Pou anunciou que o então presidente do Instituto Nacional de Carnes, Fernando Mattos, substituiria Carlos María Uriarte (PC) como ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca.
E em agosto, Germán Cardoso (PC) anunciou a renúncia do Ministério do Turismo em meio a uma série de denúncias de irregularidades na licitação de contratos de publicidade.
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