Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) entraram em acordo nesta terça-feira (22), de maneira unânime, sobre um primeiro pacote de sanções contra a Rússia, após o anúncio do reconhecimento dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk.
O anúncio foi feito pelo chefe da diplomacia da França, Jean-Yves Le Drian, que concedeu entrevista junto com o espanhol Josep Borrell, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
As sanções, que deverão ser aprovadas de maneira formal pela União Europeia, afetam um total de 27 instituições e pessoas, entre elas autoridades que tomaram decisões e tiveram um papel importante no ataque à soberania da Ucrânia, explicou Borrell.
Além disso, será limitado o acesso financeiro da Rússia “a nossos mercados financeiros e de capitais”, sobretudo, para evitar que possa financiar sua dívida nos mercados europeus.
As sanções “afetarão a Rússia, e a afetarão muito”, garantiu o representante da União Europeia, que garantiu estar respondendo rapidamente aos acontecimentos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não está entre os indivíduos que foram alvo de sanções por parte da UE, segundo Borrell.
“Putin não está na lista de sancionados. Quisemos responder com os meios que temos, mas principalmente dar uma resposta gradual”, explicou Borrell na entrevista coletiva.
Apesar de tudo, Borrell garantiu que o bloco continuará os esforços diplomáticos para evitar “uma nova erupção da guerra no coração da Europa”.
O diplomata espanhol, contudo, admitiu que o risco de um conflito de grande escala “é real, e temos que preveni-lo”.
Antes da reunião, Borrell e os ministros de Alemanha, França e Itália participaram de uma sessão por videoconferência, entre os titulares das pastas das Relações Exteriores do G7, encontro que teve como objetivo alinhar a resposta do grupo.
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