Três ministros da Turquia renunciaram aos cargos ontem, devido ao escândalo de corrupção que foi revelado pela polícia na semana passada. Zafer Çaglayan (Economia), Muammer Güler (Interior) e Erdogan Bayraktar (Meio Ambiente) renunciaram depois que um juiz decretou, no último dia 17, a prisão preventiva dos filhos dos dois primeiros, Kaan Çaglayan e Baris Güler, acusados de participar de uma rede de subornos. Os dois ministros negaram qualquer culpa, segundo o site turco Hürriyet.
"Ficou muito claro que a operação é uma maquinação suja contra nosso governo, nosso partido e nosso país", disse Çaglayan em sua declaração de renúncia. "Renuncio para que a verdade possa vir à tona e destrua esse jogo indecente no qual foram envolvidos meus amigos próximos e meu filho."
O ministro do Interior deu declarações parecidas e classificou a investigação do caso como "jogo sujo".
Reunião
Os ministros anunciaram as renúncias após uma reunião com o primeiro-ministro, o islamita moderado Recep Tayyip Erdogan, que retornou na terça-feira à noite de uma viagem oficial ao Paquistão, na qual esteve acompanhado pelo próprio Çaglayan.
Um total de 24 pessoas, entre eles o diretor do banco estatal Halkbank, foram presas preventivamente, enquanto outras, entre os quais um prefeito do partido governamental AKP e um milionário do setor da construção, foram libertadas.
Os acusados são suspeitos de terem fraudado a licitação de contratos urbanos. Além disso, são acusados de negócios ilícitos relacionados com o envio de ouro para o Irã, esquema que evitava as sanções internacionais contra o país em função de seu controvertido programa nuclear.
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