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Curdo da Turquia observa a cidade de Kobane, na Síria | Kai Pfaffenabch/Reuters
Curdo da Turquia observa a cidade de Kobane, na Síria| Foto: Kai Pfaffenabch/Reuters

Mais de 12 mil civis foram mortos no Iraque neste ano, principalmente pelo Estado Islâmico (EI). As minorias que enfrentam a limpeza étnica promovida pelos extremistas são as principais vítimas, de acordo com um relatório publicado ontem.

O Grupo Internacional para Direitos de Minorias (MRG, na sigla em inglês) disse que diversas comunidades minoritárias, incluindo cristãos, yazidis e turcos, estão sujeitas a assassinatos, sequestros e violência sexual, e estão em perigo de extinção no Iraque.

O total de civis mortos quase dobrou, para 12.618, no período de janeiro a setembro, ante 6.676 um ano antes, de acordo com o relatório, que citou o banco de dados Iraq Body Count ("contagem de corpos no Iraque").

Pelo menos meio milhão de pessoas foram forçadas a fugir de vilas na província de Ninewa, que abriga comunidades milenares, de acordo com o relatório, intitulado "Da Crise à Catástrofe: a Situação das Minorias no Iraque".

Combatentes do EI, um grupo militante sunita, tomaram controle de grandes faixas territoriais na Síria e no Iraque neste ano, atacando distritos xiitas em Bagdá e tomando terras ao redor, onde forças de segurança iraquianas e milícias xiitas tentam expulsá-los.

O diretor-executivo do MRG, Mark Lattimer, disse que o governo iraquiano havia mostrado ser "incapaz ou não ter vontade de garantir a segurança das minorias". "Considerando que as minorias geralmente não têm suas próprias milícias ou estruturas de proteção tribal, como os grupos majoritários da sociedade, elas estão especialmente vulneráveis", disse Lattimer em um comunicado que acompanhou o relatório.

"Na grande maioria dos casos, as investigações não são propriamente conduzidas e os perpetradores dos ataques ficam impunes, frequentemente com indícios de cumplicidade oficial", afirmou o diretor-executivo da MRG. Segundo ele, as minorias do Iraque enfrentam execuções sumárias, assaltos à mão armada, tortura e atentados há anos.

Sozinhas

O governo não fez nada para compensar as vítimas ou reconstruir a infraestrutura danificada nos ataques do Estado Islâmico contra comunidades de minorias, as quais têm pouco acesso a água potável, eletricidade, habitação e serviços de saúde.

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