O presidente dos EUA, Barack Obama, garantiu nesta segunda-feira que vai cumprir sua promessa de encerrar as operações de combate norte-americanas no Iraque até o fim de agosto, apesar de um perigoso impasse político em Bagdá e de uma recente onda de violência de militantes.
Falando a um grupo de veteranos de guerra norte-americanos em Atlanta, Obama procurou enfatizar o progresso do seu governo em reduzir o papel dos EUA na guerra do Iraque.
Com as eleições de novembro para o Congresso se aproximando, esse foi um lembrete aos democratas e a muitos eleitores independentes cuja oposição ao conflito no Iraque ajudou a conduzir Obama ao poder de que ele estava determinado a levar a guerra a um "fim responsável".
"Pouco depois de assumir o cargo, anunciei a nossa nova estratégia para o Iraque e para uma transição a uma plena responsabilidade iraquiana", afirmou Obama. "E eu deixei claro que, até 31 de agosto de 2010, a missão de combate da América no Iraque terminaria. E é exatamente isso que estamos fazendo - como prometido e no prazo."
Os militares norte-americanos planejam reduzir as forças no Iraque para 50 mil soldados até o fim do mês, quando eles formalmente passarão a exercer um papel mais de aconselhamento, apoiando as forças de segurança do Iraque.
Obama comprometeu-se novamente a "retirar todas as nossas tropas do Iraque até o fim do ano que vem."
Mas ele admitiu que, por enquanto, ainda haverá perigos. "A dura verdade é que não vimos o fim do sacrifício americano no Iraque", afirmou.
O discurso de Obama ocorreu em meio a tensões e incerteza no Iraque com o fracasso dos grandes partidos em chegar a um acordo sobre um novo governo cinco meses depois de eleições parlamentares.
Um forte aumento nos ataques com mortes em julho suscitou preocupação de que os insurgentes estejam tentando aproveitar o vácuo político em Bagdá para fomentar a discórdia sectária.
Obama enfrenta dentro dos EUA oposição crescente à guerra no Afeganistão, onde aumentou o número de soldados norte-americanos para combater a insurgência do Taliban e o presidente também buscou apoio para sua estratégia naquele país.
"Enfrentamos desafios enormes no Afeganistão", disse ele. "Mas é importante que o povo americano saiba que estamos progredindo e estamos focados em metas claras e alcançáveis."