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Damasco – A crise envolvendo Israel e militantes do Hezbollah passou por uma reviravolta diplomática ontem, com o envio de um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) a Israel e um pedido da Grã-Bretanha para que tropas internacionais sejam despachadas para o sul do Líbano.

A ampliação dos esforços diplomáticos é o primeiro movimento em direção a um possível desfecho para a crise, que completa hoje uma semana. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e outros líderes mundiais vinham sendo criticados pela falta de ação para conter a violência.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, pediram o envio de forças militares internacionais ao sul Líbano para barrar as investidas da guerrilha Hezbollah contra Israel. A União Européia já considera o envio de tropas para a região.

Flagra

A participação dos Estados Unidos tem agravado a situação. Além de serem considerados aliados de Israel – despertando a ira do Hezbollah –, o presidente norte-americano não faz questão de esconder sua oposição ao movimento libanês, qualificado como terrorista por Washington. Em conversa com Blair – captada ocasionalmente por um microfone – durante almoço de encerramento da reunião de cúpula do G-8, Bush cometeu gafe ao falar da sua frustração com as Nações Unidas e indignação com o grupo militante islâmico e seus defensores na Síria: "O irônico é que eles precisam conseguir que a Síria faça o Hezbollah parar com essa m..., e aí acaba", dizia Bush a Tony Blair, mastigando um enrolado. Blair, cujas observações não foram ouvidas com nitidez, parecia estar insistindo com Bush quanto ao envio de uma força internacional de manutenção da paz para a região.

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