A missão humanitária que irá resgatar o ex-governador colombiano Alan Jara deixou o aeroporto de Villavicencio na manhã desta terça-feira (3) rumo a um local desconhecido onde as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) devem libertar o refém. As informações são da BBC Brasil.
Na segunda-feira (2), o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, havia proibido que outras entidades - fora a Cruz Vermelha - atuassem no resgate a reféns. Horas depois, entretanto, ele voltou atrás e permitiu que o movimento Colombianos Pela Paz - que participou de resgates anteriores - fizesse parte da operação desta terça. Por causa desses desentendimentos, o resgate que estava programado para segunda teve de ser adiado.
O helicóptero brasileiro, cedido para apoio logísitico operação partiu levando a bordo a senadora colombiana opositora Piedad Córdoba principal mediadora com a guerrilha além de membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e militares do Brasil.
Jara, ex-governador do departamento de Meta, tem 51 anos e foi seqüestrado em 15 de julho de 2001, quando viajava em um carro da Organização das Nações Unidas (ONU) no interior do estado. Na ocasião, as Farc acusaram Jara de ter vínculos com paramilitares.
Durante o cativeiro, as Farc revelaram algumas provas de que o ex-governador estava vivo. Jara pertence ao grupo de reféns que a guerrilha considera passível de troca por guerrilheiros presos em um suposto acordo humanitário com o governo. Entretanto, o diálogo entre governo e guerrilha não tem avançado.
Em dezembro, as Farc anunciaram que iriam soltar seis sequestrados. Quatro deles foram libertados no último domingo (1º). Além do ex-governador do departamento de Meta Alan Jara, a expectativa é que o ex-deputado regional do departamento de Valle del Cauca Sigifredo Lopéz seja liberado ainda esta semana.
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